domingo, 23 de setembro de 2007

UM DIA UMA CRIANÇA


A criança que somos tem seus momentos de depressão. É quando uma atitude contrária aos ensinamentos recebidos leva-a a reminiscências de delitos passados que a faz cair, inconscientemente, em remorso, que se reflete num estado de melancolia.
Ela pode manter-se assim indefinidamente, se transformando num monstro ou receber ajuda externa, através dos pais ou amigos, como por via mediúnica. Vejamos:

Um certo dia, aquela criança pobre,
alimentando uma esperança nobre,
de sair das trevas da mediocridade,
humildemente pôs-se a meditar;
como não tinha com quem conversar,
desabafou com sua intimidade.

Eis que uma voz sublime, pura e interna,
partiu do mundo onde a vida é eterna
e, no âmago da criança que chorava,
falou bem fundo ao próprio coração;
e aquela criança ouviu com atenção
tudo que a voz interior lhe falava:

“Tu te sujaste na lama do vicio!
Agora, amigo, qualquer um resquício
desta impureza te fará sofrer.
Faze, através do teu corpo a sujeira
da alma drenar, tal qual uma mangueira,
que deixa tudo o que é impuro escorrer!

Oh! Criança amiga! Se sofres agora,
estás colhendo o que plantaste outrora!
Jamais cultives as sementes más!
Faze o contrário do que antes fizeste!
Ou seja, planta a semente que preste
Pra dar de fruto a verdadeira paz!

Jesus já foi tal como tu és, oh! Criança!
Por isso deves ter sempre esperança
de um dia ser totalmente feliz!
Descobre essa arte, que é fazer sorrir!
Te ajudarei, amiga, a descobrir!
Escuta sempre o que esta voz te diz!

Oh! Criança! Sempre que tu agires certo,
me encontrarás, me sentirás bem perto,
embora perto de ti sempre eu esteja.
Quanto às tuas várias interrogações,
receberás, de Deus, as instruções,
pra que descubras o que Ele deseja.

Vai, minha amiga, segue o teu caminho!
E a todos trata com o igual carinho
que agora estás de mim a receber.”
Aquele ser, após muito pensar
no que escutou a voz a lhe falar,
fez que eu pudesse, inspirado, escrever.

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