quinta-feira, 20 de setembro de 2007

MEDIUNIDADE



... Mas não confundais, oh! Habitantes da minha pátria, a luz artificial dos refletores com aquela natural da Lua! Pois, enquanto a primeira é excitante, chumba a nossa atenção às preocupações com as coisas da Terra, a outra é relaxante, afrouxa as amarras que nos prendem ao corpo de carne e nos lança nas mais lindas viagens astrais. Assim sendo, oh! Vós que vos encontrais reencarnado, se quereis receber as lindas mensagens dos poetas livres, sublimai vossas pesadas vaidades, transformando-as em leves boas obras, pois delas necessitareis quando do corpo carnal vos libertardes, qual viajor que precisa trocar seu pesado fardo de ouro por leve papel moeda, para atravessar a nado um largo e profundo rio, pois dele não prescindirá quando à outra margem chegar para constatar que:

liberta se encontra a mente
de todo aquele que sente
ser preciso renunciar
aos prazeres desta vida,
porque na hora da partida,
nada se pode levar.

Liberto se encontra quem
sabe que, lá nele tem
instrumento tão bonito,
recebendo e transmitindo
tudo o que do alto vem vindo;
uma antena do infinito.

Se está limpa a sua antena,
virá mensagem serena,
de fácil compreensão.
Mas, se está suja, paciência,
só surgirá interferência,
jamais comunicação!

O que suja esse instrumento
é o nosso vil pensamento,
sempre agarrado a esta vida,
sem renunciar um instante
ao venerado diamante;
nem na hora da partida!

Pra limpar este aparelho,
escutemos o conselho
do Mestre aos discípulos seus!
Sigamos os passos d’Ele!
Só nos espelhando n’Ele,
conversaremos com Deus!

Conversar com Deus, amigo,
é, vivendo em paz consigo,
sua antena utilizar.
Logo, Espíritos de luz,
mensageiros de Jesus,
vêm com você conversar.

Se estão sujos seus sensores,
espíritos sofredores
virão pra lhe perturbar.
Lembre-se: Pra eternidade,
só virtudes, em verdade,
você daqui vai levar!

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