Quando tudo isso estiver acontecendo contigo, será preferível que feches os olhos para esse mesmo mundo e olhes para dentro de ti e escutes os conselhos vindos de lá, como fez o poeta quando escreveu:
Vale de lágrimas! Terra!
Só desilusão, encerra
os males que em ti encontrei!
Por pouco não esqueci
do que com o pranto aprendi.
Quero ser feliz! Gritei.
Gritei, mas, tão angustiado,
que, logo alguém, do outro lado,
falou-me em tom de sermão:
seu momento chegará!
Procure, espere e verá!
Amoleça o coração!
Agora chore baixinho!
Sinta-me! Estou bem pertinho!
Sou bem mais que seu irmão!
Não! Não enxugue essa lágrima!
Deixe-a rolar como o magma
pela encosta do vulcão!
Deixe drenar o seu pranto
que agora o atormenta tanto!
Coloque amor no lugar!
Pois, cada lágrima saindo,
vai a dor substituindo
por amor! Pode chorar!
A lágrima é todo efeito,
do gelo que do seu peito
quer sair! Não pode ver?
Ele não sai inteirinho,
nem tampouco em pedacinho.
Deixe o tempo o derreter!
Agora sinta lá n’alma,
como é bom sentir a calma
de sofrer resignado!
Pois é o Mestre que anuncia:
Sofre! Chora! Busca! Um dia
serás bem aventurado!
Já dei parte do recado.
Vou voltar para o outro lado,
onde nosso Pai aguarda.
Quando se sentir assim,
lembre-se e chame por mim!
Eu sou seu anjo da guarda!
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