quinta-feira, 20 de setembro de 2007

ÊXTASE

Qual o poeta que diante do mar não desata os laços que o prendem ao corpo e não sai volitando nas asas da imaginação, em busca dos seres amados e que ao encontra-los não se sente tentado a desejar que esse momento se perpetue?
É neste estado que fico sempre que estou numa praia deserta.


Sempre que estou numa praia deserta,
a minha mente à luz do Sol, desperta,
para poder desperta volitar.
Vejo o “Astro Rei” sumindo no horizonte,
brincando, qual criança, atrás do monte.
É minha mente a se deliciar!

Se o corpo dorme, logo a mente acorda.
A paz de espírito em mim transborda,
se nesse instante penso num sorriso.
Olho pro céu e, transcendentalmente,
percebo um ser em nuvem reluzente,
me convidando a entrar no paraíso.

eu, sem coragem de mover os lábios,
logo me inspiro no pensar dos sábios,
que Deus á Terra com carinho enviou;
e vejo-a, mãe, sem auxílio dos olhos;
mas em Espírito, lá nos refolhos,
toda a beleza que se apresentou.

Perco a noção de tempo, ignoro espaço,
sinto uma força desatar o laço
que prende à Terra todo o meu viver.
E, voando, alcanço o mundo mais distante!
Nesse momento sou como um viajante
que tem por meta, nunca mais morrer.

Minh’alma, então, extática, de joelhos,
busca entender todos os bons conselhos
que sua vivência tem pra me ofertar.
Diga-me, Mãe, que fazer desta vida?
Qual a missão desta alma tão sofrida
que erra mas, sempre querendo acertar?

Como eu queria que o tempo parasse
e este teu filho nunca mais voltasse
a ver nos homens o seu lado mau!
Ah! Quem me dera dar adeus ao medo,
pra descobrir, então, todo o segredo
desse intercâmbio tão transcendental!

Eu Lhe prometo, Espírito de Luz,
serei fiel às lições de Jesus,
chaves da minha auto-libertação.
Bem sei que às vezes me sinto esquecido
que benefícios tenho recebido,
e sua presença traz recordação.

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