domingo, 23 de setembro de 2007

DEIXAR-SE EDUCAR

O educador é sempre um abençoado.
Porém, amigo, bem aventurado
aquele, enfim que se deixa educar,
pois assimila cada ensinamento,
tal qual semente que tira o alimento
que o solo imundo tem pra lhe ofertar.

Pois crescerá como cresce a semente
o tornar-se árvore e, resplandecente,
a todo mundo sua aura abrigará,
como a primeira, agora transformada
em majestosa copa ilimitada,
onde, por certo, alguém descansará.

Se uma semente ao ver seu alimento,
Entre os detritos podres, sem lamento,
o rejeitasse, por imundo estar,
de fome, é certo, que ela morreria;
mais uma chance, é claro, perderia
de ser uma árvore e mil frutos dar.

Se você, vendo-me imperfeito assim,
não der ouvido ao que escutar de mim,
nem me ajudar nesse meu caminhar,
tal como aquela semente perdida,
de ignorância será sua vida
e a paz que espera, não verá chegar.

Retire de cada acontecimento,
seu nutritivo e abençoado alimento,
que há de faze-lo forte no porvir.
Pois quase sempre, amigo, é o sofrimento,
fornecedor do sublime momento
que o fará um dia parar pra refletir:

aquele que hoje é um grande missionário,
foi no passado, talvez, refratário
à luz que um dia lá do céu desceu.
Quando o remorso, o arrependimento,
a dor, a prova, a expiação o sofrimento...
O impulsionaram, ele então cresceu.

Aprenda com o malvado, o orgulhoso
Que deve ser humilde, ser bondoso,
Fazer o bem com abnegação...
Aprenda, mesmo com aquele egoísta,
Quão bom é ser, sinceramente, altruísta!
Sem caridade não há salvação.

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