domingo, 23 de setembro de 2007

SAINDO DO MEDO


Mostra o coração
coisas que a razão
não logra entender
e ensina a razão
o que o coração
precisa saber.

Se caminham juntas:
respostas, perguntas
sem definição,
é porque os abusos
tornaram confusos:
razão, coração.

Do medo, qual vulto,
surge, semi-oculto,
algo valoroso,
desvalorizado,
no mundo acanhado
do pobre medroso.

que segue calado,
nervoso, assustado,
mas, sem perceber,
que somente o medo
mantém em segredo
o que é pra dizer.

Quando o medo vai,
o Espírito sai
e dá seu recado.
Quando o medo volta,
o Espírito solta
seu grito calado.

E nada constrói.
Apenas destrói,
mesmo sem sentir.
Quando a intenção
na destruição,
foi de construir.

Se alguém, com carinho,
indica o caminho
que deve escolher,
eis que ele agradece,
em forma de prece,
sem nada dizer.

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