corta a corda que nos ata
ao tronco do enforcamento.
A mesma corda amarrada
ao tronco e a nós atada
salva-nos do afogamento.
Quem não diz ser teu amigo,
mas está sempre contigo
quando estás triste ou feliz,
por certo teu amigo é.
Dizer-se amigo de fé
nem sempre é ser o que diz.
O bom Sol que nos bronzeia,
é o mesmo que aquece a areia,
queimando assim nossos pés.
Teu nome, ou mesmo endereço,
teu rosto e teu corpo esqueço
mas, não esqueço quem és.
É lindo assistir de perto,
num arenoso deserto
uma duna se formar.
O vento que ali a constrói,
da mesma forma a destrói,
pra levá-la a outro lugar.
Todo homem que insegura ainda,
casa-se com mulher linda,
sofre e faz sofrer por ciúmes.
Pois sei que é lindo o Universo!
Mas, vendo verso e reverso,
é uma faca de dois gumes.
O que serve pra matar
também serve pra curar!
Basta usá-lo sabiamente!
Uso o lápis pra poesias,
outros pra pornografias,
e, assim, sucessivamente...
Da doçura refrescante
de algum bom refrigerante
e o amargor de uma cerveja,
conclui-se que fel e mel
são iguais a inferno e céu.
Qual dos dois você deseja?
Um comentário:
Oi Sr. Ary,
Não sei se o sr. vai se lembrar de mim, mas eu certamente me lembro do senhor. :)
Cláudia me mandou o endereço do seu blog e decidi dar uma passadinha por aqui. Gostei do que vi e do que li. Mas gostei mais ainda da iniciativa e do trabalho que serve de mais um ponto de luz na imensidão do universo que é a Internet.
Gostei bastante dessa poesia em que estou comentando agora, Faca de dois gumes... Me fez lembrar uma "piada" contada como verdade e que aconteceu com o ex-presidente folclórico do Cotínthians, Vicente Matheus, quando ele disse "isso aí é uma faca de dois legumes". :D Para a gente ver que realmente tudo pode ter mais que uma utilidade e nós é que somos os responsáveis pelo uso que damos.
Obrigado por usar esse seu "lápis" virtual para escrever poesia iluminante e não pornografia degradante.
Um grande abraço e até breve.
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